segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Felgueiras "cidade amórfica" - Vale do Sousa é a região mais pobre da Europa!

Vale do Sousa - região de reconhecido prestígio pela sua gente e pelos seus produtos de qualidade. Região também conhecida actualmente por ser a região mais pobre da Europa, segundo um estudo da Rede Europeia Anti-Pobreza. (Séria Reflexão!!)
Região onde se vive com um salário mensal de 360€, ou seja, no limiar da pobreza.
Vale do Sousa, «uma zona agrícola onde não houve investimento industrial, [o que] provocou um êxodo muito grande dos homens, tendo ficado uma proporção enorme de mulheres em casa com as crianças e sem grandes recursos económicos».
Felgueiras, um concelho do Vale do Sousa, uma terra de activo desenvolvimento e de futuro promissor.... eloquências à parte! Observemos a nossa terra com frontalidade.
Actualmente assistimos a um completo marasmo em todos os quadrantes da vida, temos assistido ao longo do tempo ao cair de Felgueiras em todos os domínios.
No espaço de uma década, a cidade de Felgueiras assistiu ao desvanescer de um futuro auspicioso, em todos os quadrantes da vida social. A nossa cidade não progrediu, não estagnou, mas sim, retrocedeu. A saúde financeira e a vida social de outrora ja não existem. Neste momento, a cidade não possui locais de interesse ou actividades que devolvam aos seus munícipes o orgulho em ser felgueirense.
Existe uma falta grave de recursos, de infraestruturas, de apoios, que em nada ajudam ao ultrapassar esta fase sombria da sociedade portuguesa no plano económico e social, e mais propriamente dos felgueirenses que veêm agora o seu futuro condicionado e mesmo em risco devido ao encerramento de muitas empresas no concelho, da falta de actividade política e da inexistência de uma real qualidade de vida.
1. Em Felgueiras não existe diversidade empresarial - O condicionamento na indústria de calçado requer por parte das entidades soberanas uma especial atenção com a actividade socio-económica da região. Deverão ser colocados em prática planos de acção que contemplem o fomento de outros sectores de actividade na região.
2. Falta de formação - O nosso concelho é considerado um dos concelhos mais analfabetizados de Portugal e um dos que menos escolarização possui. Existe uma falha grave no domínio da educação que é do conhecimento público. Todavia, continuamos a ignorar a formação dos nossos jovens, e não lhes damos condições, nem incentivos para que um procurem empregos em Felgueiras. Com isto, voltamos À ideia anterior, a escassez da oferta e da falha grave de alguns empresários em previligiar a mão de obra barata e fácil em deterimento da qualificada e dinâmica. Assim se explica a fixação de familias do concelho noutros municípios, e mesmo da partida de algumas familias para o estrangeiro em busca de uma vida melhor. O plano da educação e formação ao longo da vida, bem como o apoio À empregabilidade dos jovens, e não só deveriam ter sido apostas feitas há muito tempo.
3. Cultura, arte e desporto - Para quem vive em Fegueiras, e procura instruir e cultivar o seu espirito artistico, será certamente uma tarefa árdua. A inexistência de um plano cultural na nossa cidade é evidente. Não existe uma biblioteca a funcionar como principal motor das letras, onde se poderiam realizar encontros e jornadas de grandes escritores ou mesmo de artistas do concelho onde pudessem colocar, mostrar e promover as suas capacidades artisiticas. Não existe um impulso para que estas actividades sejam concretizáveis. Um cinema... não existe! O teatro, trabalha de forma casual, e a sua requalificação ainda não foi efectuada. No plano desportivo, um dos simbolos de maior orgulho do nosso concelho, o extinto Futebol Clube de Felgueiras desapareceu. Com isto, assistimos ao cair do desporto em Felgueiras, e À falta de incentivos que os atletas dispõem para praticar os mais variados desportos. Muitos dos nossos jovens praticantes de desporto continuam a sonhar em ter um recinto que projecte a imagem de Felgueiras, e as suas capacidades e aptidões desportivas no plano nacional. Um parque desportivo, que poderá ser uma realidade, faz falta, mas acima de tudo faz falta que a actividade física seja fomentada em todo o concelho e não apenas centralizá-la no centro. Não existem eventos desportivos que promovam os atletas felgueirenses ou que lhes permita a prática dos seus desportos. Na verdade, são dispendidas verbas avultadas para que algumas competições se realizem e nada de novo trazem à cidade, contudo levam sempre "a maior fatia do bolo", e deixam os que procuram desenvolver a sua actividade em Felgueiras ao longo do ano sem apoios e sen infraestruturas que possibilitem a prossecução das práticas desportivas.
Estas são apenas algumas das razões pelas quais Felgueiras parou no tempo. A apatia generalizada, e a amorfia que se gerou na nossa sociedade é o reflexo das orientações, dos planos e dos projectos que foram traçados para o nosso concelho. Contudo, na sua maior parte, estes planos em nada melhoraram a nossa qualidade de vida, pois, ou não existem, ou não os conseguimos identificar neste momento.
Lanço aqui um apelo, para que os agentes políticos, debatam seriamente a actual orientação e o planeamento estratégico da nossa cidade. Não deixem que daqui a uns anos Felgueiras seja a Sheffield de Portugal.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Crise financeira

"O Orçamento do Estado para 2009 é um meio para ajudar as empresas e as famílias a enfrentar a crise". Prim. Ministro Eng. José Sócrates
A crise financeira é apelidada por muitos especialistas como uma das crises mais graves de sempre da história mundial.
A crise financeira terá começado com os créditos no mercado imobiliário dos EUA, e da utilização de novos tipos de créditos derivativos que acabaram por ser uma arma de destruição maciça dos sistemas bancários mundiais.
Esta crise era há muito prevista pelos conservadores, que foram alertando para o perigo do crédito exagerado e da especulção financeira que se ia criando em torno dos mercados capitais.
Em Portugal os efeitos desta crise, segundo o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, não terão a amplitude de outros países e serão mesmo inferiores aos danos causados nos nossos parceiros europeus.
Ora, os portugueses já notaram que se os efeitos da crise afinal se fizessem sentir em Portugal então o que seria feito de nós?!
  • Mas o que é certo é que a subida do petróleo é feita com regularidade, a descida essa já é muito irregular, e.. esporádica.
  • A taxa de juro resultante dos empréstimos contraídos para habitação aumentou sem precedentes. Um empréstimo de 100 mil euros a 25 anos, contratado em 23 de Agosto de 2005, utilizando a Euribor a seis meses e um spread (margem do banco) de 0,7 por cento, implicava o pagamento de uma prestação mensal de 466,55 euros. Um ano depois, o mesmo empréstimo tinha um custo mensal de 535,26 euros. E se for feito ao valor de ontem da Euribor a seis meses já sobe para 610,93 euros, mais 144 euros no espaço de apenas dois dois anos.
  • O preço da farinho de trigo desceu, mas o preço do pão mantém-se.
  • O desemprego aumentou, os 150.000 postos de trabalho são uma miragem.

Poderia estar aqui durante muito tempo a escrever acerca de um conjunto de subidas que ocorreram na nossa sociedade num espaço de dois anos, e que alteraram por completo a vida dos portugueses. A subido-dependependência e a subsidio-dependencia são claramente síndromes portugueses e que parecem não ter remédio.

Hoje somos um país claramente marcado pelas diferenças, a rópria União Europeia classifica Portugal como um dos países onde a diferença entre ricos e pobre é mais acentuado na Europa.

Afinal, a julgar pelo que disse o nosso Ministro das Finanças a crise actual vem apenas reforçar aquela que já existe em Portugal, e que sem dúvida alguma se agravou nos últimos tempos. Talvez seja tempo de repensar a economia portuguesa, e de pensar na criação de uma qualidade de vida real que ofereça e devolva Às famílias a prosperidade de outos tempos. Porque sem prosperidade, emprego, confiança ou posses económicas o Magalhães, as grandes tecnologias, o TGV, o aeroporto e outros investimentos estarão apenas ao alcançe de alguns.

Sr. Primeiro-ministro, as famílias e as empresas não deveriam ser apenas a preocupação do orçamento de estado de 2009, deveriam sim, ser a prioridade constante de todos os orçamentos de estado.

sábado, 12 de julho de 2008

Ensino Superior - Sonho ou Desilusão?

Após uma longa fase de exames, uma das razões de alguma inactividade neste blog, o Terra de Felgueiras aproveita para fazer uma análise ao Ensino Superior em Portugal.
Neste momento milhares de jovens portugueses procuram a sua sorte e "um lugar ao sol". Milhares de estudantes do ensino secundário esperaram por este momento para fazerem as suas candidaturas à Universidade e esperar que a sua colocação seja a do topo das suas prioridades. Contudo muitos deles vão ficar de fora, mesmo com o aumento das vagas no ensino superior, a maior parte dos alunos de "letras" estará condicionado nas suas opções, não só pelo significativo corte de vagas que este sector teve nos últimos anos, bem como pelo crescente desemprego nas profissões humanisticas. As Engenharias e os cursos técnicos são cada vez mais procurados, e em tempo de "choque tecnológico", o curso de Enganharia Informática é cada vez mais solicitado pelos estudantes.
Mas estarão os alunos preparados para o novo desafio que vão enfrentar? Esta é uma pergunta, que poderá ter muitas respostas, não só no que respeita ao método de estudo ou de aulas é composta a educação superior. O aluno terá, na maior parte dos casos, de mudar de casa, de estilo de vida e de ganhar maturidade. Este é um grande desafio para todos os jovens, a tão desejada "independência" está a um passo de ser consumada. Importa porém lembrar, que nesta fase a vida académica e a simples mudança de rotina vai alterar completamente os hábitos da pessoa que se encontra na pele de estudante.
Mas nem só de mudanças, sonhos, e expectativas é recriado a vida do novo estudante universitário. Em casa o orçamento vai ficar mais apertado, e é essencial saber controlar os custos com a educação e para a educação. É que só para a educação um aluno do ensino superior público universitário desembolsa cerca de 1250€ de propinas anuais. Aos gastos com a educação, alojamento, refeições, livros, transporte, entre outros, somar-se-à esta "recepção de boas vindas" ao ensino superior.
Porque será que no ensino superior se carrega tamanho "fardo", quando em países como na Suécia, Alemanha, Dinamarca, Finlândia ou Luxemburgo o Estado fianancia na integra o Ensino Universitário. Ou mesmo na Bélgica, Aústria e França o valor não ultrapassa os 300€. Além de termos as propinas mais altas da Europa, continuamos a ser um dos países com menos formação académica, será a propina um factor de exclusão, pagamos para ter qualidade de ensino?! Muitas serão as perguntas e respostas. Todavia resta-me desejar boa sorte aos novos "caloiros".

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Semana Académica Felgueiras / Porto

Começou esta semana mais uma Queima das Fitas na cidade de Felgueiras. A tradição académica promete animar as ruas de Felgueiras com actividades diurnas e nocturnas. Estes momentos de Queima são sempre inesquecíveis, e desde caloiros a finalistas são sempre momentos de orgulho e felicidade, englobados num espírito académico contagiante, onde impera a união, a boa disposição e o convívio. Durante esta semana caloiros passam a doutores e os finalistas desfilam a sua cartola e bengala (além do seu orgulho), no tradicional cortejo pelas ruas da cidade.
Aproveito desde já para anunciar o ínicio da Queima das Fitas do Porto, começa já este sábado com a monumental serenata de abertura a realizar em frente à Cadeia da Relação (largo dos Clérigos) a partir da 00.01h de sábado para domingo. Para todos os interessados, aqui fica a hiperligação para a consulta dos cartazes (Noites da Queima, Actividades Académicas, Cine-Jazz Queima e da Discoteca das Noites da Queima).
A maior Queima das Fitas do país prolonga-se até ao dia 11 de Maio, com actividade nocturna marcada para o Parque da Cidade (antigo espaço da Feira Popular).

sexta-feira, 18 de abril de 2008

No primeiro inquérito lançado pelo blog Terra de Felgueiras, foi perguntado aos cibernautas felgueirenses o que pensavam que fazia e faz mais falta em Felgueiras. Entre as possibilidades de resposta encontrava-se: Espaços Verdes; Pavilhão Multiusos; Parque Desportivo e Shopping.
Entre as quase 50 pessoas que votaram, sendo que os resultados não são necessariamente representativos da vontade de todos os Felgueirenses, contudo fica aqui uma amostra.

Espaços verdes 10%
Pavilhão multiusos 38%
Parque desportivo 31%
Shopping 19%
Um hipotético futuro Pavilhão Multiusos de Felgueiras foi a opção mais votada, seguida de um Parque Desportivo. Mais abaixo encontramos um Shopping e por último Espaços Verdes.
Estes resultados traduzem a necessidade que os felgueirenses têm em encontrar um espaço de refúgio e com o qual se identifiquem a si mesmos e à sua cidade, seja ele de lazer, cultural, desportivo ou comercial.

terça-feira, 8 de abril de 2008

O drama dos Refugiados no mundo.

Existiam no mundo cerca de 32.900.000 de refugiados no ano de 2006. Um número assustador, e que aumentou significativamente devido ao agravamento da violência e das guerras, em países como o Iraque, o Afeganistão, a Palestina, a Somália, o Sudão, entre outros.
Existem ainda milhões de deslocados, que não são reconhecidos como refugiados, contudo formam um número gigante e difícil de calcular. Fazem parte de uma sociedade desfragmentada, de um mundo diverso, complexo mas também vulnerável, pobre e perseguido. Milhões de vítimas em movimento contínuo com as quais trabalha o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados - ACNUR, cujo actual responsável máximo é o ex-primeiro-ministro português, Eng. António Guterres.
São vítimas de guerras e governos corruptos. São perseguidos pela sua raça, religião, etnia ou convicção política. São estes que são reconhecidos pelos governos dos países que os acolhem como refugiados. Outros esperam que a sua solicitação de asilo seja aceite ou negada. E existem ainda aqueles que regressam aos seus países de origem, em programas de reinserção: os deslocados internos, cerca de 20 a 25 milhões em todo o mundo.
Na sua maioria, os refugiados, são crianças e mulheres. Escapam de conflitos armados, normalmente dentro dos seus países, como os casos dos Balcãs, do Iraque, do Sudão, da Etiópia, da Rep. Dem. do Congo, da Serra Leoa, do Afeganistão ou da Colômbia. Muitas das guerras, apesar de locais, assumem características internacionais, tanto pelo seu impacto como por interesses que estão em jogo. Cerca de 90% dos deslocados são oriundos dos países menos desenvolvidos. Alguns tentam atravessar clandestinamente as fronteiras, todavia a sua maioria permanece em regiões menos favorecidas.
Devido ao crescente número de refugiados nos últimos anos o ACNUR depara-se com uma missão ainda mais exigente na protecção e apoio aos refugiados que se encontram espalhados por todo o mundo.

terça-feira, 25 de março de 2008

Desemprego em Felgueiras é notícia no Público

"Terra de calçado e desemprego"
"Felgueiras é o concelho com maior subida de desemprego nos últimos cinco anos"
Este é o título da notícia publicada no Jornal Público que retrata dramaticamento o crescimento acentuado da taxa de desemprego em Felgueiras.
Caro Adriano infelizmente as respostas são estas, e dão que pensar..

Desemprego?!


Cordiais saudações aos participantes deste blogue!
Que esta “forma de comunicação” seja um ponto de encontro de opiniões, de debate e crítica, quer construtiva quer destrutiva.

Desta feita, qual é a vossa opinião sobre:

- a taxa de desemprego do concelho de Felgueiras;

- quais as principais razões que levaram ao actual volume de desempregados;

- quais os meios possíveis de resposta, perante tal e enunciada crise;

Um apelo, um projecto, uma cidade com futuro...

Acerca de Felgueiras, é cada vez mais frequente lermos nos jornais, noticias pouco animadoras, como por exemplo: Fraco desenvolvimento, aumento do desemprego, precariedade nas decisões politicas e ausência de um bom líder no poder local (Quem sabe!).
É cada vez mais necessário, que façamos um diagnóstico, não simplesmente de Felgueiras mas sim da cidade onde vivemos.
Temos o privilégio de ter uma população jovem, com talentos escondidos, muitas vontades mas em contrapartida, poucas motivações. Sente-se cada vez mais a ânsia de desenvolvimento, a qual nos faz despertar para a urgente necessidade de termos presente na sociedade em geral, pessoas mais conscientes dos seus direitos e deveres, como cidadãos mais inseridos socialmente nas grandes questões do nosso país e mais preocupados com o local onde vivemos.
É necessário criar um projecto que tenha como objectivo o desenvolvimento da consciência critica para os assuntos directamente ligados à cidadania, fazendo com que sejamos mais participantes no meio em que vivemos, seja no trabalho, na escola ou na comunidade. Temos que nos preocupar em despertar a consciência, mas também promover a discussão na sociedade sobre o que pode ser realizado, para podermos ter um ambiente melhor, descobrir parcerias e desenvolver actividades e atitudes que nos levem ao verdadeiro desenvolvimento em, e para Felgueiras.
Os projectos surgem com a vontade de melhorar, e em Felgueiras podemos trabalhar nas mais diversas áreas, tais como, a saúde, a educação, a cultura, o meio ambiente, os problemas sociais, o desporto e muitas mais.
Em Felgueiras não existem só más noticias, existem sim coisas menos boas que devemos melhorar.
Uma cidade não muda só pela sua economia, pela sua politica e nem mesmo pela sua ciência, muda sim pela sua cultura, por isso, é hora de nos unirmos, juntar talentos e seguir em frente para tornar a luta por um objectivo, numa atitude responsável.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Crise financeira

A crise financeira que se vive actualmente já foi considerada hoje como "..a mais grave desde o fim da II Guerra Mundial.", nos Estados Unidos da América, por Alan Greenspan o antigo governador do banco central americano.
Todavia, a crise também nos atinge. É errado pensarmos que a crise é apenas americana, e que a subida do euro face ao dólar é positiva. Ora, se pensarmos que o motor da economia mundial é a economia americana e que a sua bolsa serve de ponto de estabilização financeira, logo percebemos que as quedas acentuadas dos últimos dias nos mercados bolsistas são uma resposta hà muito anunciada à grave crise do mercado imobiliário americano, e pela venda de um dos seus maiores bancos a um preço de verdadeiro saldo, o Bear Stearns, que contribuíu para o agravar da falta de confiança e de investimento financeiro. Quanto à moeda a constante valorização do euro face ao dolar, agrava o investimento externo nos países da UE, criando um efeito de afastamento a novos investidores, e logicamente isto irá afectar também as exportações visto o valor do euro ser consideravelmente superior, e o valor a pagar pelos produtos manufacturados na União subirem igualmente. A resposta a esta crise está precisamente naquilo que as políticas de americanas podem fazer por um novo "boom" económico.
Em Portugal, os efeitos desta crise são apenas secundários, todavia os sintomas de enfraquecimento do poder de compra dos portugueses são visíveis desde hà dois, três anos para cá. Uma das razões é a interminável subida do preço do petróleo que vem subindo desde 2003 para valores recorde. Exemplo disso o preço dos combustíveis, 1,03€ por litro de gasolina 98 octanas, era o preço praticado em Outubro de 2003. O preço actual já ultrapassou o 1,50€!
Além desta subida, outras se associam de forma bem vísivel, como por exemplo o pão, o leite, o café e os transportes, entre outras. Poderemos chamar a estas subidas um reflexo da crise mundial, ou antes um espelho das politicas fiscais taxativas e penalizadoras para os consumidores por parte das entidades reguladoras da economia nacional? Um pouco das duas, sendo que as taxas do governo português são das mais penalizadoras da União Europeia quando comparados com Portugal os salários dos países-membros e o valor de impostos nesses mesmos países. Ou seja, as subidas nas taxas e nos impostos, IVA, IA, IRC, água, lixo, tabaco, etc, etc, fazem de Portugal o país que nos últimos 20 anos mais fez subir os impostos na União Europeia a quinze.

sexta-feira, 14 de março de 2008

A importância das Relações Internacionais

As relações internacionais são um dos meios de comunicação mais importantes da nossa sociedade à escala global. Poderão ser entendidos, como parte do estudo de Ciência Política, embora o seu raio de acção seja extremamente abrangente noutras áreas, tais como o direito, a sociologia, a economia, a história, entre outras disciplinas.
Numa primeira abordagem, poder-se-á considerar que as Relações Internacionais tiveram, verdadeiramente, ínicio com base nos movimentos pacifistas do século XIX. Refira-se que estes movimentos tinham como principal objectivo defenfer o fim da guerra e dos conflitos e promover a paz através da cooperação harmoniosa entre os Estados. Estes movimentos zelam pelo bem-estar, pela não-violência, e normalmente geram manifestações em desacordo com o as políticas belicistas que os Estados tomam em determinado momento. No século XIX na Europa, devido a um crescente reforço do armamento dos estados, e do surgimento do nacionalismo, que se caracterizava pela defesa dos interesses de determinada pátria, assistiu-se a um clima de tensão propício ao aparecimento de guerras entre os Estados.
Surge então a necessidade de se fomentar a paz, através de estâncias devidamente acreditadas para a promoverem, e com base em fundamentos juridicos legais e aprovados. Realiza-se o Congresso de Viena em 1815. Neste congresso redefine-se o novo mapa europeu após a derrota da França Napoleónica, e devolvem-se as anteriores pertenças territoriais às monarquias invadidas pela França, e consolida-se uma aliança de carácter pacifista entre as nações europeias, uma vez que a paz já havia sido acordada no ano anterior, 1814, com a assinatura do Tratado de Paris que também obrigava a França a indemnizar os estados que sofreram com as suas invasões. Estes passos foram reconhecidos como um perfeito entendimento diplomático entre as nações e bem vistos pelos pacifistas que assim viam alguns dos seus interesses serem reconhecidos.
Quinze anos depois, em 1830, fundou-se um orgão que se dedicava ao estudo e promoção dos ideias pacifistas, e que integrava intelectuais e pensadores da época, numa Soiedade plural e transnacional, onde a paz era vista como uma obrigação - a Sociedade da Paz de Genebra.
O principal inspirador desta Sociedade era I. Kant que aludia nos seus pensamentos à Paz Eterna, ideia de formação de uma "república" mundial onde existisse um clima de paz global.
Avançando no tempo, poderemos dizer que a sua importância crescente, fez com que as Relações Internacionais fossem o principal canal de conversação utilizado entre os Estados, após a I Guerra Mundial (1914-1918).
Depois deste conflito a situação foi-se alterando até aos dias de hoje. A percepção das Relações Internacionais serem exclusivamente adstritas a diplomatas e historiadores modificou-se. Existem inúmeras teorias que indicam a causa e a finalidade da criação deste tipo de relações, bem como os seus objectivos e as suas disposições. Estas teorias podem estar agregadas em teorias gerais que desenvolvem tudo o que se passa no mundo, no que diz respeito a esta área, tais como, a Teoria Realista, a Teoria Idealista e a Teoria Marxista. Ou compreendem as relações internacionais de uma forma mais parcial, como por exemplo apenas o estudo de determinados conflitos ou guerras em específico, tais como a Teoria sobre Causas de Guerra, Teoria da Integração e Teoria da Estratégia.
As Relações Internacionais tranformaram-se em algo de muito complexo e específico, o objecto de estudo ja ultrapassou as fronteiras da Política e do Direito, e alarga-se cada vez mais à Economia, à Sociologia e a Cooperação Estratégica.
Um exemplo perfeitamente vísivel destes efeitos e da cooperação e esforços que são necessários para atingir os fins primordiais deste tipo de relação, que são a paz e o bem-estar geral das populações, é a União Europeia. Esta instituição ao nível das Relações Internacionais, e das quais a Teoria da Integração se adequa a este caso, promove a cooperação das relações entre os países a nível económico, social, judicial e político.
Para concluir, ressalvo a importância que esta disciplina tem na organização e gestão do bem-estar da sociedade. Refira-se que por vezes de forma "invisível", e à margem da opinião pública, este tipo de relações atinge magníficos resultados, que se reflectem na prosperidade e no clima pacífico em que as sociedades ocidentais vivem actualmente.
A utilidade e as funções das Relações Internacionais , são hoje um dos principais motores de interacção mundial, numa sociedade perfeitamente globalizada, e onde se assume que este é o século das Comunicações, a transmissão das mensagens deve ser estudada, realizada e concepcionada no sentido de agradar a todos e de proporcionar um clima pacífico e de progresso universal.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Naíde Gomes Campeã Mundial - Nélson Évora de bronze


A atleta portuguesa Naíde Gomes sagrou-se este domingo, 9 de Março, campeã mundial em pista coberta do salto em comprimento com um "voo" de 7,00m. Naíde foi a única atleta portuguesa a subir ao mais alto lugar do pódio nos campeonatos que se realizaram em Valência. O outro atleta português em destaque foi Nelson Évora que obteve a medalha de bronze no triplo salto com 17,27m. Refira-se que Nelson Évora é campeão mundial ao ar livre do triplo salto, e demonstrou estar em forma, a par de Naíde Gomes, para os próximos desafios, nomeadamente os Jogos Olímpicos em Pequim que se vão realizar este ano, e onde se espera que estes dois atletas voltem a dar mais alegrias a Portugal.

O meu concelho em poucas palavras.

Situada em pleno coração do Vale do Sousa, distrito do Porto, o concelho de Felgueiras constitui um território de enorme beleza natural e paisagística, entre montes e vales, e acumula na sua História, uma grande riqueza histórica, cultural e patrimonial. Referenciada no testamento da Condessa Mumadona, 959, como "In Felgaria Rubeans villa de Mauri", foi em 15 de Outubro de 1514 que D. Manuel I concedeu a carta de foral a Felgueiras. Constituído por 32 freguesias, é um dos concelhos mais industrializados do Norte, de onde se destaca a indústria do calçado. Com um povo empreendedor e dinâmico na década de 80 e 90, o concelho assistiu a um grande crescimento económico realizada através da iniciativa individual das suas gentes, que aqui implementaram indústrias e criaram postos de trabalho. Felgueiras exporta cerca de 50% da produção nacional no sector do calçado. Contudo outros elementos são distintivos desta "mui nobre" cidade, os vinhos verdes de qualidade, as suas festas religiosas, os seus bordados, o seu famoso pão-de-ló de Margaride, e a sua beleza natural, fazem desta cidade um ponto único de interesse e um expoente de orgulho para os seus habitantes, os felgueirenses.