Após uma longa fase de exames, uma das razões de alguma inactividade neste blog, o Terra de Felgueiras aproveita para fazer uma análise ao Ensino Superior em Portugal.
Neste momento milhares de jovens portugueses procuram a sua sorte e "um lugar ao sol". Milhares de estudantes do ensino secundário esperaram por este momento para fazerem as suas candidaturas à Universidade e esperar que a sua colocação seja a do topo das suas prioridades. Contudo muitos deles vão ficar de fora, mesmo com o aumento das vagas no ensino superior, a maior parte dos alunos de "letras" estará condicionado nas suas opções, não só pelo significativo corte de vagas que este sector teve nos últimos anos, bem como pelo crescente desemprego nas profissões humanisticas. As Engenharias e os cursos técnicos são cada vez mais procurados, e em tempo de "choque tecnológico", o curso de Enganharia Informática é cada vez mais solicitado pelos estudantes.
Mas estarão os alunos preparados para o novo desafio que vão enfrentar? Esta é uma pergunta, que poderá ter muitas respostas, não só no que respeita ao método de estudo ou de aulas é composta a educação superior. O aluno terá, na maior parte dos casos, de mudar de casa, de estilo de vida e de ganhar maturidade. Este é um grande desafio para todos os jovens, a tão desejada "independência" está a um passo de ser consumada. Importa porém lembrar, que nesta fase a vida académica e a simples mudança de rotina vai alterar completamente os hábitos da pessoa que se encontra na pele de estudante.
Mas nem só de mudanças, sonhos, e expectativas é recriado a vida do novo estudante universitário. Em casa o orçamento vai ficar mais apertado, e é essencial saber controlar os custos com a educação e para a educação. É que só para a educação um aluno do ensino superior público universitário desembolsa cerca de 1250€ de propinas anuais. Aos gastos com a educação, alojamento, refeições, livros, transporte, entre outros, somar-se-à esta "recepção de boas vindas" ao ensino superior.
Porque será que no ensino superior se carrega tamanho "fardo", quando em países como na Suécia, Alemanha, Dinamarca, Finlândia ou Luxemburgo o Estado fianancia na integra o Ensino Universitário. Ou mesmo na Bélgica, Aústria e França o valor não ultrapassa os 300€. Além de termos as propinas mais altas da Europa, continuamos a ser um dos países com menos formação académica, será a propina um factor de exclusão, pagamos para ter qualidade de ensino?! Muitas serão as perguntas e respostas. Todavia resta-me desejar boa sorte aos novos "caloiros".
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