segunda-feira, 17 de março de 2008

Crise financeira

A crise financeira que se vive actualmente já foi considerada hoje como "..a mais grave desde o fim da II Guerra Mundial.", nos Estados Unidos da América, por Alan Greenspan o antigo governador do banco central americano.
Todavia, a crise também nos atinge. É errado pensarmos que a crise é apenas americana, e que a subida do euro face ao dólar é positiva. Ora, se pensarmos que o motor da economia mundial é a economia americana e que a sua bolsa serve de ponto de estabilização financeira, logo percebemos que as quedas acentuadas dos últimos dias nos mercados bolsistas são uma resposta hà muito anunciada à grave crise do mercado imobiliário americano, e pela venda de um dos seus maiores bancos a um preço de verdadeiro saldo, o Bear Stearns, que contribuíu para o agravar da falta de confiança e de investimento financeiro. Quanto à moeda a constante valorização do euro face ao dolar, agrava o investimento externo nos países da UE, criando um efeito de afastamento a novos investidores, e logicamente isto irá afectar também as exportações visto o valor do euro ser consideravelmente superior, e o valor a pagar pelos produtos manufacturados na União subirem igualmente. A resposta a esta crise está precisamente naquilo que as políticas de americanas podem fazer por um novo "boom" económico.
Em Portugal, os efeitos desta crise são apenas secundários, todavia os sintomas de enfraquecimento do poder de compra dos portugueses são visíveis desde hà dois, três anos para cá. Uma das razões é a interminável subida do preço do petróleo que vem subindo desde 2003 para valores recorde. Exemplo disso o preço dos combustíveis, 1,03€ por litro de gasolina 98 octanas, era o preço praticado em Outubro de 2003. O preço actual já ultrapassou o 1,50€!
Além desta subida, outras se associam de forma bem vísivel, como por exemplo o pão, o leite, o café e os transportes, entre outras. Poderemos chamar a estas subidas um reflexo da crise mundial, ou antes um espelho das politicas fiscais taxativas e penalizadoras para os consumidores por parte das entidades reguladoras da economia nacional? Um pouco das duas, sendo que as taxas do governo português são das mais penalizadoras da União Europeia quando comparados com Portugal os salários dos países-membros e o valor de impostos nesses mesmos países. Ou seja, as subidas nas taxas e nos impostos, IVA, IA, IRC, água, lixo, tabaco, etc, etc, fazem de Portugal o país que nos últimos 20 anos mais fez subir os impostos na União Europeia a quinze.

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