quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nova gente, novo espírito, nova confiança, novo rumo...


Saudações aos Felgueirenses...

Acalmadas que estão as águas, podemos reflectir, em poucas palavras, o presente de Felgueiras e perspectivar o futuro.
Estou crente que, após um período de habituação, o novo executivo eleito irá deitar mãos à obra, com vista a colocar Felgueiras no rumo do desenvolvimento. Novos projectos e investimentos irão ser estudados e postos em prática para melhorar as condições de vida das gentes de Felgueiras.

Criar condições para investimentos externos é preciso!

Diversificar os investimentos é preciso!

Alternativas de emprego é preciso!

Tornar o concelho cada vez menos dependente do calçado é preciso!

Preocupação com os jovens é preciso!

Criar formas de "agarrar" os jovens e mantê-los na terra é preciso!

Tratar e cuidar dos idosos é preciso!

Ajudar os empresários na vida industrial é preciso!

Muitas coisas são precisas, porque não começar por fazer algumas?

Novo rumo para Felgueiras, uma nova esperança renasceu!


Cordiais Cumprimentos

ADRIANO MARINHO

terça-feira, 6 de outubro de 2009

11 de Outubro?

Meus Caros,

Avizinha-se mais um embate renhido que decidirá o futuro de Felgueiras!
Com efeito, é profundamente essencial que os felgueirenses façam uma retrospectiva e decidam o voto em consciência.
Não aproveito esta sede para, de uma forma parcial, incutir nas pessoas um sentido de voto, não!
Contudo, só não o faço porque acredito que os felgueirenses têm capacidade de avaliação em função da dita retrospectiva.
Não me alargando mais, digo, por último, mudar é preciso!

Abraço,

Adriano Marinho

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sufrágio universal

Sufrágio universal, um termo tão simples mas que carrega uma história de gerações.
Ao longo de décadas muitas foram as lutas pelo direito de voto, sem discriminação de género, de crença ou de classe social.
O próprio termo indica a oposição com o sufrágio restrito, e confere o direito de voto aos indivíduos considerados "intelectulamente maduros", com mais de 18 anos em Portugal.

Desde o 25 de Abril que no nosso país se vota livre e democraticamente, sem qualquer tipo de pressões, receios ou diferenças. Cada voto consigna um reforço à própria democracia e à capacidade crítica do cidadão em escolher responsavelmente aqueles que vão orientar directa e indirectamente a vida do próprio e da sociedade onde este se insere. Para a construção do direito de governação é necessário debater propostas, defender ideias, apresentar alternativas, dar confiança e acima de tudo conquistar o eleitorado.

As eleições que se avizinham, legislativas e autárquicas, serão a expressão da nossa cidadania, quer no direito de votar como no direito de assumirmos cargos directivos políticos. De forma responsável deveremos contribuir para a construção de uma sociedade harmoniosa, e o voto de cada cidadão é o expressar da sua visão face aos desígnios políticos da sua freguesia, do seu concelho, do seu país. Mais que um direito, votar é um dever cívico.

Recordo-me de uma frase célebre que me parece pertinente partilhar neste período pré-eleitoral:

Errar é próprio do Homem, persistir no erro é próprio de loucos.
Cícero

quarta-feira, 25 de março de 2009

Felgueiras... que futuro?

Ora, aqui está uma pergunta que merece uma reflexão séria...

É com grande preocupação que olho para o futuro desta cidade.
Sucede que, ao contrário do que se possa pensar, não vou esmiuçar a conjuntura empresarial felgueirense, na medida em que já não é novidade para ninguém que o sector produtivo do nosso concelho está em crise.
Em relação a este assunto e em toque de foice, até porque sou suspeito, cumpre-me, somente, referir que sejam quais forem as medidas que os "nossos governantes" irão tomar, se é que o vão fazer, estas já são tardias.
Não posso, porém, passar sem deixar um pequeno comentário a um estudo encomendado já à algum tempo pela C.M. de Felgueiras, intitulado “Felgueiras: que futuro?”. Logo na sua introdução encontrei um Parágrafo que merece um comentário exemplificativo, claramente com o maior respeito pela entidade coordenadora do projecto e demais intervenientes. Lá pode ler-se o seguinte:

Mas é às empresas e aos empresários que cabe o papel fundamental. A liberalização crescente dos mercados, o alargamento da União Europeia a novos países e a diminuição dos custos de transporte, implicam mais concorrência, mais desafios, obviamente, mas também mais oportunidades e mercados. O progresso tecnológico traz consigo novas oportunidades se permitir a diferenciação dos produtos e o aumento da produtividade. Mas as oportunidades só resultarão em benefícios para as empresas e para as economias locais se houver uma alteração das formas como se trabalha e na forma como as organizações se estruturam e operam”.

Tal é uma falácia, tem premissas correctas, mas conclusões irreais o que conduz a inverdades.
Em relação à primeira frase, irei desenvolvê-la adiante.
Desta feita, é verdade que o alargamento da UE implica mais concorrência e desafios, sem dúvida! Também cria novas oportunidades em novos mercados, claro...cria oportunidade de deslocalização de produção para esses países em busca de mão-de-obra mais barata.
Também é verdadeiro que o progresso tecnológico cria novas oportunidades e aumenta a produtividade. Sucede que, como vivemos num mercado globalizado, todos os países, falo dos de mão-de-obra mais barata, também têm acesso a estas tecnologias.
Mais, a alteração das formas de trabalhar e nas formas de organização estrutural das empresas resultará, claramente, em benefícios para estas. Porém, este caminho a seguir não é o tido em conta neste estudo, nem sequer o impacto que ele vai ter na sociedade felgueirense. Isto porque, Felgueiras tem de esquecer as megas produções, bem como esquecer a concorrência aos países de mão-de-obra ainda mais barata que a nossa. Sim, porque a nossa mão-de-obra já é barata e temos os problemas que temos...imagino quando ela aumentar, como vai aumentar! Como supra referi, a adaptação estrutural necessária para parte das empresas felgueirenses se vingarem vai passar pela racionalização de mão-de-obra e de produção, nú e crú, pelo despedimento de trabalhadores para fazerem produções pequenas. Aqui sim, entra o desenvolvimento tecnológico para produzir artigos de máxima qualidade, os chamados “nichos de mercado”. Só neste sector e em alguns especializados, as empresas irão sobreviver, claro que há excepções, mas Felgueiras precisa da regra.
Todas estas medidas abarcam uma diminuição dos postos de trabalho, condição sine qua non para a sobrevivência das empresas felgueirenses, aliado a uma especialização do produto e aumento da qualidade.
A função do poder público é arranjar soluções e juntar vontades para Felgueiras dar o “salto”. Claro que, o sector do calçado em Felgueiras vai ser, sempre, um motor importante da economia local, mas serão necessárias novas soluções, caso contrário, a triste sina será a desertificação, pois não existirão condições para suportar com tanta mão-de-obra.
Muito mais a dizer, mas prefiro ficar por aqui...

Enfim, adiante pois...

Isto posto, com este simples e modesto comentário queria tocar em assuntos que muitas vezes são esquecidos.
A tão falada e badalada crise não passa de...uma crise! Isto é, e é mesmo, são problemas de fundo que sempre existiram e que agora vêm à tona.
Claro que, as medidas de contenção devem ser tomadas para apaziguar e amenizar os efeitos nefastos e maléficos, mas mais importante do que isto é criar um sistema de bases com apoio e preocupação social, melhor dizendo, releva, para efeito, estudar minuciosamente as brechas dos pilares de apoio da comunidade felgueirense, para percebermos qual a realidade fáctica.
Em bom rigor, mais importante do que tentar manter a todo o custo uma hiper-produção em Felgueiras, é criar outras oportunidades e outros caminhos, abrir novas janelas e construir novos alicerces, para uma sociedade melhor.
Destarte, a história não mente, bastando um olhar atento para os países mais desenvolvidos, de forma a percebermos como eles deram o salto de "países produtores" para "países comerciantes ou intermediários". Claro que, não é assim tão linear, uma vez que os tempos são outros e as condições sócio-económico-financeiras também, mas ao menos temos alguns exemplos que podemos adaptar e moldar ao nosso belo prazer.
A minha filosofia ou génese de construção social assenta no investimento privado. Porém, não sou recto ao ponto de achar que o desenvolvimento de uma sociedade é da responsabilidade individual, não, nada disso, no meu modesto entender, o poder público tem de criar condições, entendam-se boas, para o investimento privado, tem que criar projectos, traçar rumos e directivas, de forma a atingir um desenvolvimento sustentável e controlado.
Com isto, quero dizer o seguinte: faça-se uma análise estrutural que disseque todos os problemas de fundo do nosso concelho, quando refiro todos são todos! Desde saneamento básico a controlo de poluição, desde o ordenamento do território a necessidades primárias, absolutamente tudo! Depois, apostar num caminho de desenvolvimento, numa estratégia concertada e de consenso concelhio para fomentar o investimento público e privado em ramos diversos aos existentes em Felgueiras, para a criação de postos de trabalho, sempre em sectores diversos aos do calçado - chame-se o apartheid ao calçado!
Entenda-se esta expressão não como uma aversão à indústria do calçado, mas como uma alternativa a esta. Com efeito, devemos ser conduzidos a novas oportunidades, pois o poder público não pode, nem deve, estar sempre à "sombra da bananeira" à espera que os outros façam. Muitas individualidades de Felgueiras já fizeram muito, para o bem e para o mal, o desenvolvimento que Felgueiras tem, ainda que pouco, deve-se a privados. O problema residiu e reside estruturalmente, numa falha de acompanhamento do poder público, pois em vez de consertar vontades e investimentos, deixou-os ao livre arbítrio destas tais pessoas. Obviamente que, muito dificilmente, tais investimentos iriam a bom porto.
Em virtude de tal facto, culpam-se muitas das vezes os privados pelo atraso que sentimos haver em Felgueiras, sucede que tal não é correcto, de todo.
Pensemos, a título de exemplo, no pastor e o seu rebanho, não quero ressaltar aqui nenhuma índole religiosa, seja ela qual for! Quero, somente, evidenciar que a maior riqueza do pastor é o seu rebanho, pois é este que lhe dá a vida a ganhar, o pastor trata delas com o maior cuidado e acompanha-as todo o dia, salvaguardando-as do lobo mau e de todos os possíveis seres danosos. Ora, com isto quero dizer que o rebanho é o Santo Graal do pastor...mas, note-se, se o rebanho não tivesse o pastor não tinha o valor atrás indicado, porventura, até deixava de ser um rebanho, na medida em que as ovelhas começavam a tresmalhar-se e a trabalhar cada uma para si, umas iam ficando para trás, outras morreriam porque não tinham quem tratasse delas, enfim, o caos!
Foi isto mesmo que sucedeu em Felgueiras...não houve pastor...tivemos e temos grandes individualidades que sempre trabalharam sozinhas, sem qualquer estrela guia...
Saliente-se que, não quero com isto referir que a iniciativa privada é oca sem instrumentalização pública, claro que não, mas é tão mais fácil quando alguém nos ajuda e cria condições...

Infelizmente, esta situação é só o pico do iceberg.

Contudo, não posso deixar de me referir a um outro problema fulcral e que me preocupa bastante!
Preocupam-me os jovens, como eu, a tão escassa e limitada escolha que têm para a vida, as quase nulas saídas e oportunidades profissionais.
Em Felgueiras que oportunidade tem um recém-licenciado que não se tenha formado em medicina? – nada quero apontar à medicina.
Existe, contudo, um binómio nesta questão: primeiro, não há um aproveitamento cabal dos jovens felgueirenses, não há mercado, nem foram criadas condições para tal – também não há vontade política para tal (há exemplos concretos que agora não posso revelar); segundo, a outra quota parte de culpa pertence a nós, jovens, dado que não temos capacidade reivindicativa, existe um défice de vontade e de luta, poderei mesmo afirmar e ir mais além e dizer que existe uma falta de sentido de Estado!

A final, preocupa-me o facto de pouca gente se preocupar!

Tinha muito mais para escrever, modéstia à parte, dava para escrever um livro, mas não me posso esquecer que tenho de adaptar este “desabafo” para este Blogue.

Em remate, quero só deixar esta frase: «o trabalho é uma condição inevitável da vida humana, a verdadeira fonte do bem-estar humano», TOLSTOI.

Vamos à luta que se faz tarde!

N.B. 1 – não posso deixar passar em branco, temos um jovem felgueirense, Rui de Oliveira, a estagiar na ONU em Nova Iorque, porque não aproveitar esta gente?
N.B. 2 – porque não pensar em marcar um jantar-debate? Deixo aos vossos comentários...

Cordiais Cumprimentos,

ADRIANO MARINHO


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Felgueiras "cidade amórfica" - Vale do Sousa é a região mais pobre da Europa!

Vale do Sousa - região de reconhecido prestígio pela sua gente e pelos seus produtos de qualidade. Região também conhecida actualmente por ser a região mais pobre da Europa, segundo um estudo da Rede Europeia Anti-Pobreza. (Séria Reflexão!!)
Região onde se vive com um salário mensal de 360€, ou seja, no limiar da pobreza.
Vale do Sousa, «uma zona agrícola onde não houve investimento industrial, [o que] provocou um êxodo muito grande dos homens, tendo ficado uma proporção enorme de mulheres em casa com as crianças e sem grandes recursos económicos».
Felgueiras, um concelho do Vale do Sousa, uma terra de activo desenvolvimento e de futuro promissor.... eloquências à parte! Observemos a nossa terra com frontalidade.
Actualmente assistimos a um completo marasmo em todos os quadrantes da vida, temos assistido ao longo do tempo ao cair de Felgueiras em todos os domínios.
No espaço de uma década, a cidade de Felgueiras assistiu ao desvanescer de um futuro auspicioso, em todos os quadrantes da vida social. A nossa cidade não progrediu, não estagnou, mas sim, retrocedeu. A saúde financeira e a vida social de outrora ja não existem. Neste momento, a cidade não possui locais de interesse ou actividades que devolvam aos seus munícipes o orgulho em ser felgueirense.
Existe uma falta grave de recursos, de infraestruturas, de apoios, que em nada ajudam ao ultrapassar esta fase sombria da sociedade portuguesa no plano económico e social, e mais propriamente dos felgueirenses que veêm agora o seu futuro condicionado e mesmo em risco devido ao encerramento de muitas empresas no concelho, da falta de actividade política e da inexistência de uma real qualidade de vida.
1. Em Felgueiras não existe diversidade empresarial - O condicionamento na indústria de calçado requer por parte das entidades soberanas uma especial atenção com a actividade socio-económica da região. Deverão ser colocados em prática planos de acção que contemplem o fomento de outros sectores de actividade na região.
2. Falta de formação - O nosso concelho é considerado um dos concelhos mais analfabetizados de Portugal e um dos que menos escolarização possui. Existe uma falha grave no domínio da educação que é do conhecimento público. Todavia, continuamos a ignorar a formação dos nossos jovens, e não lhes damos condições, nem incentivos para que um procurem empregos em Felgueiras. Com isto, voltamos À ideia anterior, a escassez da oferta e da falha grave de alguns empresários em previligiar a mão de obra barata e fácil em deterimento da qualificada e dinâmica. Assim se explica a fixação de familias do concelho noutros municípios, e mesmo da partida de algumas familias para o estrangeiro em busca de uma vida melhor. O plano da educação e formação ao longo da vida, bem como o apoio À empregabilidade dos jovens, e não só deveriam ter sido apostas feitas há muito tempo.
3. Cultura, arte e desporto - Para quem vive em Fegueiras, e procura instruir e cultivar o seu espirito artistico, será certamente uma tarefa árdua. A inexistência de um plano cultural na nossa cidade é evidente. Não existe uma biblioteca a funcionar como principal motor das letras, onde se poderiam realizar encontros e jornadas de grandes escritores ou mesmo de artistas do concelho onde pudessem colocar, mostrar e promover as suas capacidades artisiticas. Não existe um impulso para que estas actividades sejam concretizáveis. Um cinema... não existe! O teatro, trabalha de forma casual, e a sua requalificação ainda não foi efectuada. No plano desportivo, um dos simbolos de maior orgulho do nosso concelho, o extinto Futebol Clube de Felgueiras desapareceu. Com isto, assistimos ao cair do desporto em Felgueiras, e À falta de incentivos que os atletas dispõem para praticar os mais variados desportos. Muitos dos nossos jovens praticantes de desporto continuam a sonhar em ter um recinto que projecte a imagem de Felgueiras, e as suas capacidades e aptidões desportivas no plano nacional. Um parque desportivo, que poderá ser uma realidade, faz falta, mas acima de tudo faz falta que a actividade física seja fomentada em todo o concelho e não apenas centralizá-la no centro. Não existem eventos desportivos que promovam os atletas felgueirenses ou que lhes permita a prática dos seus desportos. Na verdade, são dispendidas verbas avultadas para que algumas competições se realizem e nada de novo trazem à cidade, contudo levam sempre "a maior fatia do bolo", e deixam os que procuram desenvolver a sua actividade em Felgueiras ao longo do ano sem apoios e sen infraestruturas que possibilitem a prossecução das práticas desportivas.
Estas são apenas algumas das razões pelas quais Felgueiras parou no tempo. A apatia generalizada, e a amorfia que se gerou na nossa sociedade é o reflexo das orientações, dos planos e dos projectos que foram traçados para o nosso concelho. Contudo, na sua maior parte, estes planos em nada melhoraram a nossa qualidade de vida, pois, ou não existem, ou não os conseguimos identificar neste momento.
Lanço aqui um apelo, para que os agentes políticos, debatam seriamente a actual orientação e o planeamento estratégico da nossa cidade. Não deixem que daqui a uns anos Felgueiras seja a Sheffield de Portugal.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Crise financeira

"O Orçamento do Estado para 2009 é um meio para ajudar as empresas e as famílias a enfrentar a crise". Prim. Ministro Eng. José Sócrates
A crise financeira é apelidada por muitos especialistas como uma das crises mais graves de sempre da história mundial.
A crise financeira terá começado com os créditos no mercado imobiliário dos EUA, e da utilização de novos tipos de créditos derivativos que acabaram por ser uma arma de destruição maciça dos sistemas bancários mundiais.
Esta crise era há muito prevista pelos conservadores, que foram alertando para o perigo do crédito exagerado e da especulção financeira que se ia criando em torno dos mercados capitais.
Em Portugal os efeitos desta crise, segundo o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, não terão a amplitude de outros países e serão mesmo inferiores aos danos causados nos nossos parceiros europeus.
Ora, os portugueses já notaram que se os efeitos da crise afinal se fizessem sentir em Portugal então o que seria feito de nós?!
  • Mas o que é certo é que a subida do petróleo é feita com regularidade, a descida essa já é muito irregular, e.. esporádica.
  • A taxa de juro resultante dos empréstimos contraídos para habitação aumentou sem precedentes. Um empréstimo de 100 mil euros a 25 anos, contratado em 23 de Agosto de 2005, utilizando a Euribor a seis meses e um spread (margem do banco) de 0,7 por cento, implicava o pagamento de uma prestação mensal de 466,55 euros. Um ano depois, o mesmo empréstimo tinha um custo mensal de 535,26 euros. E se for feito ao valor de ontem da Euribor a seis meses já sobe para 610,93 euros, mais 144 euros no espaço de apenas dois dois anos.
  • O preço da farinho de trigo desceu, mas o preço do pão mantém-se.
  • O desemprego aumentou, os 150.000 postos de trabalho são uma miragem.

Poderia estar aqui durante muito tempo a escrever acerca de um conjunto de subidas que ocorreram na nossa sociedade num espaço de dois anos, e que alteraram por completo a vida dos portugueses. A subido-dependependência e a subsidio-dependencia são claramente síndromes portugueses e que parecem não ter remédio.

Hoje somos um país claramente marcado pelas diferenças, a rópria União Europeia classifica Portugal como um dos países onde a diferença entre ricos e pobre é mais acentuado na Europa.

Afinal, a julgar pelo que disse o nosso Ministro das Finanças a crise actual vem apenas reforçar aquela que já existe em Portugal, e que sem dúvida alguma se agravou nos últimos tempos. Talvez seja tempo de repensar a economia portuguesa, e de pensar na criação de uma qualidade de vida real que ofereça e devolva Às famílias a prosperidade de outos tempos. Porque sem prosperidade, emprego, confiança ou posses económicas o Magalhães, as grandes tecnologias, o TGV, o aeroporto e outros investimentos estarão apenas ao alcançe de alguns.

Sr. Primeiro-ministro, as famílias e as empresas não deveriam ser apenas a preocupação do orçamento de estado de 2009, deveriam sim, ser a prioridade constante de todos os orçamentos de estado.

sábado, 12 de julho de 2008

Ensino Superior - Sonho ou Desilusão?

Após uma longa fase de exames, uma das razões de alguma inactividade neste blog, o Terra de Felgueiras aproveita para fazer uma análise ao Ensino Superior em Portugal.
Neste momento milhares de jovens portugueses procuram a sua sorte e "um lugar ao sol". Milhares de estudantes do ensino secundário esperaram por este momento para fazerem as suas candidaturas à Universidade e esperar que a sua colocação seja a do topo das suas prioridades. Contudo muitos deles vão ficar de fora, mesmo com o aumento das vagas no ensino superior, a maior parte dos alunos de "letras" estará condicionado nas suas opções, não só pelo significativo corte de vagas que este sector teve nos últimos anos, bem como pelo crescente desemprego nas profissões humanisticas. As Engenharias e os cursos técnicos são cada vez mais procurados, e em tempo de "choque tecnológico", o curso de Enganharia Informática é cada vez mais solicitado pelos estudantes.
Mas estarão os alunos preparados para o novo desafio que vão enfrentar? Esta é uma pergunta, que poderá ter muitas respostas, não só no que respeita ao método de estudo ou de aulas é composta a educação superior. O aluno terá, na maior parte dos casos, de mudar de casa, de estilo de vida e de ganhar maturidade. Este é um grande desafio para todos os jovens, a tão desejada "independência" está a um passo de ser consumada. Importa porém lembrar, que nesta fase a vida académica e a simples mudança de rotina vai alterar completamente os hábitos da pessoa que se encontra na pele de estudante.
Mas nem só de mudanças, sonhos, e expectativas é recriado a vida do novo estudante universitário. Em casa o orçamento vai ficar mais apertado, e é essencial saber controlar os custos com a educação e para a educação. É que só para a educação um aluno do ensino superior público universitário desembolsa cerca de 1250€ de propinas anuais. Aos gastos com a educação, alojamento, refeições, livros, transporte, entre outros, somar-se-à esta "recepção de boas vindas" ao ensino superior.
Porque será que no ensino superior se carrega tamanho "fardo", quando em países como na Suécia, Alemanha, Dinamarca, Finlândia ou Luxemburgo o Estado fianancia na integra o Ensino Universitário. Ou mesmo na Bélgica, Aústria e França o valor não ultrapassa os 300€. Além de termos as propinas mais altas da Europa, continuamos a ser um dos países com menos formação académica, será a propina um factor de exclusão, pagamos para ter qualidade de ensino?! Muitas serão as perguntas e respostas. Todavia resta-me desejar boa sorte aos novos "caloiros".