terça-feira, 28 de outubro de 2008

Crise financeira

"O Orçamento do Estado para 2009 é um meio para ajudar as empresas e as famílias a enfrentar a crise". Prim. Ministro Eng. José Sócrates
A crise financeira é apelidada por muitos especialistas como uma das crises mais graves de sempre da história mundial.
A crise financeira terá começado com os créditos no mercado imobiliário dos EUA, e da utilização de novos tipos de créditos derivativos que acabaram por ser uma arma de destruição maciça dos sistemas bancários mundiais.
Esta crise era há muito prevista pelos conservadores, que foram alertando para o perigo do crédito exagerado e da especulção financeira que se ia criando em torno dos mercados capitais.
Em Portugal os efeitos desta crise, segundo o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, não terão a amplitude de outros países e serão mesmo inferiores aos danos causados nos nossos parceiros europeus.
Ora, os portugueses já notaram que se os efeitos da crise afinal se fizessem sentir em Portugal então o que seria feito de nós?!
  • Mas o que é certo é que a subida do petróleo é feita com regularidade, a descida essa já é muito irregular, e.. esporádica.
  • A taxa de juro resultante dos empréstimos contraídos para habitação aumentou sem precedentes. Um empréstimo de 100 mil euros a 25 anos, contratado em 23 de Agosto de 2005, utilizando a Euribor a seis meses e um spread (margem do banco) de 0,7 por cento, implicava o pagamento de uma prestação mensal de 466,55 euros. Um ano depois, o mesmo empréstimo tinha um custo mensal de 535,26 euros. E se for feito ao valor de ontem da Euribor a seis meses já sobe para 610,93 euros, mais 144 euros no espaço de apenas dois dois anos.
  • O preço da farinho de trigo desceu, mas o preço do pão mantém-se.
  • O desemprego aumentou, os 150.000 postos de trabalho são uma miragem.

Poderia estar aqui durante muito tempo a escrever acerca de um conjunto de subidas que ocorreram na nossa sociedade num espaço de dois anos, e que alteraram por completo a vida dos portugueses. A subido-dependependência e a subsidio-dependencia são claramente síndromes portugueses e que parecem não ter remédio.

Hoje somos um país claramente marcado pelas diferenças, a rópria União Europeia classifica Portugal como um dos países onde a diferença entre ricos e pobre é mais acentuado na Europa.

Afinal, a julgar pelo que disse o nosso Ministro das Finanças a crise actual vem apenas reforçar aquela que já existe em Portugal, e que sem dúvida alguma se agravou nos últimos tempos. Talvez seja tempo de repensar a economia portuguesa, e de pensar na criação de uma qualidade de vida real que ofereça e devolva Às famílias a prosperidade de outos tempos. Porque sem prosperidade, emprego, confiança ou posses económicas o Magalhães, as grandes tecnologias, o TGV, o aeroporto e outros investimentos estarão apenas ao alcançe de alguns.

Sr. Primeiro-ministro, as famílias e as empresas não deveriam ser apenas a preocupação do orçamento de estado de 2009, deveriam sim, ser a prioridade constante de todos os orçamentos de estado.

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