- Mas o que é certo é que a subida do petróleo é feita com regularidade, a descida essa já é muito irregular, e.. esporádica.
- A taxa de juro resultante dos empréstimos contraídos para habitação aumentou sem precedentes. Um empréstimo de 100 mil euros a 25 anos, contratado em 23 de Agosto de 2005, utilizando a Euribor a seis meses e um spread (margem do banco) de 0,7 por cento, implicava o pagamento de uma prestação mensal de 466,55 euros. Um ano depois, o mesmo empréstimo tinha um custo mensal de 535,26 euros. E se for feito ao valor de ontem da Euribor a seis meses já sobe para 610,93 euros, mais 144 euros no espaço de apenas dois dois anos.
- O preço da farinho de trigo desceu, mas o preço do pão mantém-se.
- O desemprego aumentou, os 150.000 postos de trabalho são uma miragem.
Poderia estar aqui durante muito tempo a escrever acerca de um conjunto de subidas que ocorreram na nossa sociedade num espaço de dois anos, e que alteraram por completo a vida dos portugueses. A subido-dependependência e a subsidio-dependencia são claramente síndromes portugueses e que parecem não ter remédio.
Hoje somos um país claramente marcado pelas diferenças, a rópria União Europeia classifica Portugal como um dos países onde a diferença entre ricos e pobre é mais acentuado na Europa.
Afinal, a julgar pelo que disse o nosso Ministro das Finanças a crise actual vem apenas reforçar aquela que já existe em Portugal, e que sem dúvida alguma se agravou nos últimos tempos. Talvez seja tempo de repensar a economia portuguesa, e de pensar na criação de uma qualidade de vida real que ofereça e devolva Às famílias a prosperidade de outos tempos. Porque sem prosperidade, emprego, confiança ou posses económicas o Magalhães, as grandes tecnologias, o TGV, o aeroporto e outros investimentos estarão apenas ao alcançe de alguns.
Sr. Primeiro-ministro, as famílias e as empresas não deveriam ser apenas a preocupação do orçamento de estado de 2009, deveriam sim, ser a prioridade constante de todos os orçamentos de estado.