Existiam no mundo cerca de 32.900.000 de refugiados no ano de 2006. Um número assustador, e que aumentou significativamente devido ao agravamento da violência e das guerras, em países como o Iraque, o Afeganistão, a Palestina, a Somália, o Sudão, entre outros.
Existem ainda milhões de deslocados, que não são reconhecidos como refugiados, contudo formam um número gigante e difícil de calcular. Fazem parte de uma sociedade desfragmentada, de um mundo diverso, complexo mas também vulnerável, pobre e perseguido. Milhões de vítimas em movimento contínuo com as quais trabalha o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados - ACNUR, cujo actual responsável máximo é o ex-primeiro-ministro português, Eng. António Guterres.
São vítimas de guerras e governos corruptos. São perseguidos pela sua raça, religião, etnia ou convicção política. São estes que são reconhecidos pelos governos dos países que os acolhem como refugiados. Outros esperam que a sua solicitação de asilo seja aceite ou negada. E existem ainda aqueles que regressam aos seus países de origem, em programas de reinserção: os deslocados internos, cerca de 20 a 25 milhões em todo o mundo.
Na sua maioria, os refugiados, são crianças e mulheres. Escapam de conflitos armados, normalmente dentro dos seus países, como os casos dos Balcãs, do Iraque, do Sudão, da Etiópia, da Rep. Dem. do Congo, da Serra Leoa, do Afeganistão ou da Colômbia. Muitas das guerras, apesar de locais, assumem características internacionais, tanto pelo seu impacto como por interesses que estão em jogo. Cerca de 90% dos deslocados são oriundos dos países menos desenvolvidos. Alguns tentam atravessar clandestinamente as fronteiras, todavia a sua maioria permanece em regiões menos favorecidas.
Devido ao crescente número de refugiados nos últimos anos o ACNUR depara-se com uma missão ainda mais exigente na protecção e apoio aos refugiados que se encontram espalhados por todo o mundo.